Friday, October 28, 2005


A diferença entre acordar e querer ir para a escola e acordar e NÃO querer ir para a escola. (my room's window morning view)

Efémera! =)

Uma vez fiz um trabalho sobre a evolução nas abelhas e descobri que o Homem tem muito a aprender com os "seres inferiores" que são os animais. A efémera só veio confirmar isso.
Um anúncio genial, com uma música linda (K-Os - The love song)! Só podia ser a minha operadora!!
E eu já saquei o vídeo!

Thursday, October 27, 2005

Teste... de Química

Sinto-me tão vazia... Ok. Podem pensar: "Fogo! Tanto drama por causa de um teste?".
Não é só um teste. Pela segunda vez na minha vida (até tenho vergonha de dizer isto...), matei-me a estudar para um teste. Matei-me! Eu sabia tudo! Só não estava muito à vontade com a geometria das moléculas. E qual foi o resultado de tanto esforço? Uma porcaria de um teste, no qual não fiz quatro alíneas INTEIRAS sobre efeito fotoeléctrico, porque não tive tempo!!
Já muitas vezes me senti mal por causa de testes. Senti-me triste, quando as minhas notas não corresponderam às minhas (altas) expectativas. Senti-me com raiva, quando as notas não foram grande coisa, por ter andado a brincar, com a mania de que sei tudo e não preciso de estudar. Mas nunca me senti frustrada, em relação a um teste. E hoje, senti-me. Senti que estudei tanto para nada, senti-me mal por, pela primeira vez na vida, não ter ido entregar o teste de livre vontade, mas o teste ter-me sido retirado das mãos.
Sinto-me mal por ver um sonho escapar-me por entre os dedos, como água, sem o poder agarrar. Por ter tudo para o concretizar e não estar a conseguir. Por estar a sentir, finalmente, o que muitos amigos meus já sentiram e que eu nunca compreendi, por nunca me ter esforçado. De vez em quando, é-nos dada cada lição...

Wednesday, October 26, 2005

Parece que não. =) Ainda vai viver, por muito tempo.

Tuesday, October 25, 2005

Quatro (4)

Esmorece. Entristece. Desaparece. Apodrece.
A amizade que era eterna.
Não tenho força suficiente para lutar sozinha por aquilo que já não te diz nada.
Vai morrer?
Vou?

Thursday, October 20, 2005

Momentos (cardíacos)

Porque, às vezes, me apetece renascer, começar tudo de novo e deixar o passado só como referência para não cometer os mesmos erros. Deixá-lo muito bem arrumado num sítio onde não se perca, mas onde não esteja constantemente a saltar aos olhos.

Porque, às vezes, é importante refazer coisas que pensamos já ter esquecido, reviver momentos escondidos pelo pó do passado, os melhores momentos da nossa vida, ou os piores, porque são esses momentos que definem o presente.

Reviver os momentos mais simples, aquele sorriso espontâneo, aquele olhar telepático, aquela frase dita no momento certo, aquele abraço que falou mais do que qualquer palavra…

Porque, muitas vezes, é preciso engolir o orgulho e começar aquela amizade que se perdeu, que corre o risco de envolver o coração e apertá-lo até ele ficar pequenino. E doer…

E porque me apetece ser uma menina pequenina, chegar à tua beira com um sorriso de orelha a orelha e perguntar, infantilmente: «Olá! Eu sou a Ana. Queres ser minha amiga?»

(Isto foi um pedido de desculpas, escrito há uns meses, para a minha melhor amiga. Mas continuo a adorá-lo, anda sempre comigo, para onde quer que vá, apesar de não lembrar nada de bom)

Sunday, October 16, 2005

Finalmente

Há muito tempo que ando para escrever isto.
Há um certo grupo de pessoas que me atura todos os dias, que ouve os meus problemas, com quem desabafo, com quem me rio, com quem falo sobre tudo e mais alguma coisa, com quem discuto frequentemente, por estupidez, e com quem aprendi que as amizades têm que ser tratadas como uma plantinha pequenina e frágil, com muito carinho, para não morrerem.
Uma vez que o meu crânio não é hermético, como já tive a oportunidade de comprovar, - é que tudo o que "aprendi" em Filosofia durante dois anos, escoou-se... - há muita coisa de que me esqueço. Mas do que vocês me ensinaram não me vou esquecer, tenho a certeza.
Não sei por que razão me perdoaram tão depressa - não estava à espera, sinceramente -, mas acho que a razão se chama amizade. E a vossa é do melhor que posso ter.
Houve uma pessoa fundamental nisto tudo, sem a qual duvido que as coisas estivessem já ultrapassadas. Agradeço e fico em dívida. Mais uma vez...
De qualquer forma, agora que vi o quanto vocês me fazem falta, duvido que volte a cair na mesma asneira. Tenho-me esforçado, a sério.
E o assunto está enterrado. Que descanse em paz. Amén.

Thursday, October 13, 2005

Inspiração desinspirada

Hoje é daqueles dias em que me apetece escrever até me doerem os dedos. E, no entanto, não faço ideia do que escrever. Não faço ideia do que sinto. Não consigo definir um estado de espírito. Aliás, a minha desinspiração é tanta que, hoje, na aula de português, nem conseguia interpretar a "Autopsicografia" de Fernando Pessoa. Não estava virada para isso. Talvez se me aparecesse a "Tabacaria" de Álvaro de Campos, eu o conseguisse interpretar melhor:

"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

E não é verdade?
Tenho a mania que sou muito importante e, afinal, qual é a minha importância...? E depois há pessoas que me vêm falar do meu valor... Pergunto-me ao que se estarão a referir...
Sinto-me cansada. E não sei porquê... Da aula de educação física não é, de certeza.
Sinto-me triste. E não sei porquê...
Sinto-me magoada. E SEI porquê.
E desprezada. E ignorada. E inútil.
Numa luta interior, a minha razão diz-me que tudo isso é mentira. E o meu coração teima que é verdade. E fico dividida.
A capacidade que alguns têm para me magoar é directamente proporcional ao quanto são importantes para mim.
Apetece-me revoltar-me! Será que nunca vou conseguir mostrar quem sou? Tirar esta porcaria desta cápsula isoladora e mostrar que por baixo daquilo que mostro ser há algo de muito mais importante: aquilo que realmente sou?

Tuesday, October 11, 2005

Voltou

Ontem à noite choveu que se fartou.
E o meu jardim cheirava tão bem! A relva molhada e a terra!
Adoro chuva! Talvez influência de ter nascido no Inverno.

Monday, October 10, 2005

O neurónio solitário

Era uma vez um neurónio, que vivia só e abandonado no sistema nervoso central.
E... PUFF!
O Valentim ganhou as eleições!

Saturday, October 08, 2005

Politiquices e Cia.

Eu não sou, por natureza, muito dada a políticas. Mas se der para gozar um bocado, até respiro política. E a verdade é que tenho a solução para a crise.
Há quatro grandes personalidades, em Portugal:
- o Major Valentim Loureiro;
- a Dra. Fátima Felgueiras;
- o Dr. Isaltino Morais;
- o Sr. Avelino Ferreira Torres.
Pois por que não dar-lhes uma oportunidade de darem um novo rumo ao país?

O Major Valentim, grande homem do povo, um amigo das nossas gentes, seria o nosso excelentíssimo Primeiro-Ministro, numa candidatura independente como nunca se tinha visto. Qual contenção de despesas, qual quê! Isso não é popular e temos que ser amigos de quem tem o poder para nos manter nos “tachos”, não é? E, então, veríamos o Major Valentim num conjunto de medidas inéditas:
- promoção imediata do Gondomar F.C. à primeira liga, num gesto de amizade para com o povo de Gondomar;
- viagens de avião “Gondomar sabe voar”, alargadas a todo o país na campanha “De Portugal vamos bazar”;
- Fatos de treino e sapatilhas à pala não só para os alunos do 1º ciclo em Gondomar, mas para todos os alunos do país (calças verdes, camisola vermelha e o nome “Valentim” estampado nas costas. A esfera armilar amarela, seria transformada num pequeno apito dourado);
- Promoção dos seus apoiantes dos bairros de Gondomar, a membros da polícia de choque para protecção própria, aquando das tentativas para que fosse julgado.

A Dra. Fátima Felgueiras, uma vítima do sistema judicial português, cumpriria um doloroso serviço à comunidade como Procuradora-Geral da República. Imediatamente, todos os acusados do processo “Casa Pia” e “Apito Dourado” obteriam a possibilidade única de viajar até Madrid na mala de um automóvel, a fim de se deslocarem ao Brasil, num acto de verdadeira coragem, com um bilhete só de ida, para escaparem às pérfidas garras da injusta Justiça portuguesa.

O Dr. Isaltino Morais, algo contrariado, deixaria a Câmara Municipal de Oeiras, para ser o Ministro das Finanças de Valentim Loureiro. Passa de contrariado a felicíssimo, quando se apercebe que pode engrossar as suas contas na Suíça, descobrindo que no cofre das Finanças ainda há umas notitas de €50 que podem ser subtraídas.

Finalmente, o Sr. Avelino Ferreira Torres, após uma fugaz carreira como hooligan do F.C. de Marco de Canavezes, seria feito Presidente da Assembleia da República. Qual seria o deputado com coragem para faltar a uma sessão, sabendo que corria o risco de apanhar um pontapé nas partes traseiras e uma cadeira em cima da próxima vez que aparecesse no Plenário?

Ainda pensei em colocar o Sr. Alberto João Jardim como Ministro da Defesa, mas achei que havia o risco de nos tornarmos uma colónia da Madeira. Sim, que com os nossos caças da Força Aérea e os nossos submarinos do tempo do Ultramar, ninguém brinca!

Legenda das imagens:
1 - A ira do Major
2 - Wally-Fátinha
3 - Isaltino Morais com os outros palhaços
4 - Furacão Avelino

Friday, October 07, 2005

Resposta

«Eu queria escrever como tu. Não te conheço, calhei neste blog por acaso mas parece-me que venho aqui mais vezes. Porque dei uma vista de olhos, bem grande acredita, naquilo que é o teu blog. E adorei. És bastante pessimista não? Não leves a vida demasiado a sério, porque nem vais sair viva dela. E não esperes a pessoa certa pra te apaixonares ou te magoes por quem não merece. As pessoas erram, mas nao têm que errar tantas vezes pra cima de ti. Nessas altura grita "FODA-SE!" e orgulha-te de teres tentado.
Beijo
Sofia»

Hoje abri a caixa de correio electrónico e vi este comentário feito no meu post anterior. E tive uma vontade incontrolável de lhe responder.
Em primeiro lugar, peço desculpa pela transcrição integral do palavrão, mas nunca tive problemas com isso. São palavras rudes, tudo bem, mas são meras palavras. Às vezes, faz bem dizer um, para aliviar tudo o que vai cá dentro. As pessoas é que transformaram palavras em palavrões. Nunca percebi porquê.
Adiante. Começando pelo início.

Sofia,
Independentemente de quem quer que sejas, obrigada por teres lido o meu blog e teres comentado. As pessoas com o nome Sofia são aquela base! (pois, eu chamo-me Ana Sofia)
Sinto-me lisonjeada por teres dito que gostavas de escrever como eu. Sabes como é que se faz? Em vez de se escrever com a cabeça, escreve-se com o coração. Não é preciso pensar em palavras, estruturas gramaticais, sinais de pontuação. Escreve-se simplesmente, pelo prazer que se tem e pelo alívio que dá. É uma forma de aliviar e desabafar bastante mais bonita do que dar murros e pontapés =).
Sou um bocado pessimista. É verdade. Mas vê: se formos demasiado optimistas, é certo que nos vamos desiludir muitas vezes; pelo contrário, se formos pessimistas (não em demasia), qualquer coisa boa nos põe felizes, não é?
Eu não tenho medo de errar. Tenho medo que os outros não compreendam que eu tenho direito a errar. Também nunca esperei para me apaixonar. Sempre que aconteceu, aconteceu, simplesmente, sem aviso, e não pude fazer nada para o evitar.
De qualquer forma, apanhaste o meu blog numa fase muito negra. Mas as coisas melhoraram e és capaz de começar a ler coisas mais alegres, daqui para a frente, se continuares a vir aqui.
Obrigada.
E já agora: pela pequena amostra que tive da tua escrita, nos dois comentários, não me parece que tenhas de "invejar" a minha. Eu não escrevo sempre assim. Isto só sai às vezes. =) Há quem lhe chame inspiração. Eu não sei o que lhe chamar.
Beijinhos,
Ana

Sunday, October 02, 2005

Posso?

Quero...

  • ser humilde e simples, como a Teresa;
  • ser calma e paciente, como a Tânia;
  • ser frontal, como a Ana Luís;
  • ser meiga e sensível, como a Armanda (Tita);
  • ter bom senso, como a Cláudia;
  • ser doida (no bom sentido), como a Inês;
  • ser compreensiva, como a minha professora de Biologia;
  • saber falar com os outros, sobre assuntos difíceis, sem os magoar, como o André;
  • saber animar os outros quando estão em baixo, como o Tusco (Nuno);
  • saber sempre o que dizer, como a Natália;
  • ser sincera, como eu;
  • saber ser amiga de quem é meu amigo, como esta gente toda.

E, depois de uma soma nada fácil, recolher em mim todas as qualidades que reconheço aos outros, para não cometer mais erros. Posso?