Saturday, March 31, 2007

Estava um dia frio e ventoso, mas o sol brilhava, animador, no céu. Aparte algumas pessoas que passeavam junto às dunas, a praia estava deserta. Sentou-se na areia e ficou a olhar o mar, o vento batendo-lhe na cara com força, fazendo-a chorar. Lágrimas que se confundiam com aquelas que corriam dentro de si e não mostrava. Pensou nele, tão perfeito, e que agora parecia ignorá-la. Talvez fosse verdade, talvez não. Mas era o que sentia. Nada os uniria a partir daí. Olhou em volta e percebeu que estava enganada. Tanta coisa os unia. Aquele era o mesmo mar que ele via. O sol que a aquecia a ela também o aquecia, eram os mesmos raios que tocavam os rostos de ambos. Sentiu-se feliz pelo simples facto de respirar o mesmo ar que ele. Tudo à sua volta a fazia lembrá-lo. Acariciou a sua própria cara no local onde ele a beijara, como se tocasse nele. Imaginou-o ao seu lado e na sua imaginação tocou-lhe a mão, ali, pousada e aberta para receber a dela. Amava-o. E tinha cada vez mais certezas sobre isso.

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