Tuesday, November 29, 2005

Já está!

Já mandei. Foi ontem, porque parece que o dia 28 de Novembro me dá sorte - ou não tivesse sido nesse dia, há quatro anos atrás, que fiz um jogo de futebol que mudou a minha vida ;) -, exactamente às 15h15m. Se acharem um nojo, paciência. Ao menos, a Teresa, a Ana e prof. Alfredina gostaram, e isso já é uma vitória - que elas são exigentes! =) Foram quase quatro meses a escrever - de 15 de Julho a 8 de Noevembro e pode ser que tenha valido a pena.

I
"O sol já se deitara, sonolento, no horizonte. No céu, a morte efémera do astro tinha deixado um tom alaranjado. As pombas passavam em voos rasantes, numa corrida louca por um pedaço de pão. Outras, mais altivas, mantinham-se nas varandas ou nos telhados, arrulhando sem parar, enrolando o som na garganta, se é que as pombas têm garganta.
“Arrulham em Ré Menor”. A tonalidade que condizia com o seu estado de espírito. E sorriu com o seu próprio pensamento. O primeiro sorriso nessa tarde.
Estava um fim de tarde ameno de Outubro. Não fazia sentido continuar a fazer considerações sobre a tonalidade em que arrulhavam as pombas, quando tinha um espaço imenso para percorrer à sua frente. Mas não lhe apetecia andar.
Tinha-se sentado num banco de jardim bastante velho. Passado algum tempo, reparou, finalmente, numa mulher sentada no banco em frente ao seu. Sozinha. Apática. Apesar de Margarida não a conhecer, sentia que aquela mulher pertencia àquele local, que estava ali, como sempre, sentada no banco de jardim cansado de muitas agonias, velho e infeliz, o banco que parecia ser o seu único pertence."


... e continua, por muitas páginas A4, umas 108, mas não mostro mais! ;)
Façam figas por mim, a ver se não apanho uma desilusão muito grande...!

Sunday, November 27, 2005

Coragem e afins

Toda a gente tem um sonho. Eu tenho vários.
Amanhã, talvez seja o dia em que começo a realizar um deles.
Vou mandar o meu original de cento e oito páginas a uma editora.
Talvez... E é tão bom sonhar!

Duetos

Inês, não saias das aulas de Flauta Transversal no fim do primeiro período! Por favor...
Depois com quem é que vou fazer duetos? Com o João? Não me parece... =p
Anda lá...
(e ainda temos este dueto - o da foto (Drei Duos, op. 14 de Jean Louis Tulou) - para tocar até ao fim deste período e está a desgraça que se sabe... estamos lixadas com o Rondo!)

Thursday, November 24, 2005

Prémio Nobel

Quem achou que o site da academia sueca responsável pela atribuição do Prémio Nobel seria uma valente seca desengane-se. Estava a pesquisar no google sobre Ivan Pavlov (para fazer um glossário para Psicologia) e o que é que encontrei? Um jogo para pôr o cãozinho com reflexos condicionados, precisamente no site.
Mas o site não se limita a esse jogo. Tem dezenas, todos eles relacionados com as descobertas laureadas. Até tem um com os tipos de sangue (sistema ABO e Rhesus), que é a matéria que estou a dar em Biologia. Foram descobertos 1901 por um senhor chamado Karl Landsteiner (as coisas que eu aprendo...).
Sinto-me feliz! Salvei a vida de duas pessoas, ao fazer-lhes a identificação do tipo de sangue e fazer-lhes uma transfusão. A terceira não correu tão bem. Era Rh- e eu dei-lhe Rh+... Que vergonha... ;)
Fiz cadeias de DNA, brinquei com os organelos celulares do professor Megacell, fiz electrocardiogramas a quatro pacientes (acertei no diagnóstico de dois, vá lá, nem foi muito mau...), etc, etc.

www.nobelprize.org/games_simulations.html

Agora estou toda viciada!!

Monday, November 07, 2005


Lugares - a foto que faltava (E.B. 2,3 de Valongo) Posted by Picasa

Sunday, November 06, 2005

Lugares

Este fim-de-semana, tenho andado nostálgica. Mas não é aquela nostalgia que nos faz ficar tristes, mas sim aquela que nos faz pensar no passado sem nos entristecer.
Passei cinco anos na preparatória de Valongo. E, naquela altura, adorava aquele lugar. A escola podia não ter as melhores condições, mas era especial e única para mim. Sempre que entro na secundária, vejo a preparatória lá ao fundo. Vejo o pavilhão gimnodesportivo, onde ganhei quatro torneios de futebol (5º, 6º, 7º e 9º ano), onde vi grandes amigas minhas de outras turmas apanharem grandes desilusões, onde eu própria as apanhei, onde me aleijei forte e feio nos pulsos e tornozelos e chorei de dor, onde arranjei uma cicatriz nas costas por me ter raspado toda na parede a fazer o pino, onde pela primeira vez a minha melhor amiga se agarrou a mim a chorar, no meu ombro esquerdo. O lado bom e mau dos desportos colectivos/individuais.
Foi no 5º ano que, pela primeira vez, fui mandada ao Conselho Directivo, por ter saído da escola sem autorização para ir comprar gomas à “Laribete”, denunciada pelos meus colegas. Filhos da mãe! Não tiveram coragem para se escapulirem e, então, resolveram lixar-me…
Foi no 8º ano que, pela primeira vez, levei um recado da directora de turma na caderneta, por ter mandado um estouro com a bola à cara de uma rapariga da minha turma que se estava a meter comigo a mais de vinte metros (ainda hoje me interrogo como é que tive pontaria…).
Foi num jogo de futebol, dia 28 de Novembro de 2001, andava eu no 8º ano, com uma bola de ténis, no pátio da sala C3, que conheci aquela que é, desde essa altura, a minha melhor amiga.
Durante o meu 10º ano, passei a vida a correr para lá. Estava muito ligada àquele espaço? Não. Estava muito ligada às pessoas que fazem (ou faziam) parte daquele espaço. Tinha lá a Teresa, a Inês Salomé, o André.
Há mais de um ano que lá não vou. Porque as pessoas que lá estavam e de quem eu gostava já foram para a secundária.
Às vezes, penso nos meus professores, principalmente, nos do 3º ciclo. No professor Alberto, de matemática, que me dava cabo da cabeça, quando eu tirava suficientes por não estudar nada, mas que foi fundamental para que passasse a tirar 19’s agora nessa disciplina, na professora Conceição, de português e francês, que foi das primeiras pessoas a apreciar a minha escrita e que, ainda hoje, me apoia e elogia o meu trabalho e que gosta de Metallica ( \m/ oh yeah!), na professora Antonieta, de história, que fazia testes com 10 perguntas, 10% cada uma, e que, com esse esquema, desenvolveu imenso a minha capacidade de raciocínio e relacionamento de factos, na professora Cristina, de inglês e directora de turma por três anos, que, um dia me surpreendeu, na viagem de finalistas ao Algarve, e compreendeu exactamente porque é que eu estava a chorar.
Passei grandes momentos lá, tanto para o bem como para o mal, conheci muita gente – alguns que são, ainda, essenciais na minha vida, outros com quem é raro falar –, fui feliz, construí muito do que sou hoje.
Era (é) um lugar especial para mim. Não pelo espaço em si, mas por todas as memórias e realidades que nasceram dali.
Qualquer dia, volto lá.

Wednesday, November 02, 2005

Amizade (e, no entanto, muito mais do que isso)

Não tenho irmãs. Tenho somente um irmão mais novo. Mas tenho uma "irmã", que é como se fosse minha irmã. Caiu-me de paraquedas há quatro anos e parece-me que a conheço desde sempre.
Ela é extremamente boa a mandar-me à cara coisas que eu não gosto de ouvir e a fazer-me acordar para a realidade, quando eu ando a vaguear no interior de mim própria, num mundo que não pertence a mais ninguém.
Disse-me que eu a desiludia não se as coisas corressem mal no fim do ano, mas só se eu não lutasse para que corressem bem. Que eu tenho imensa força dentro de mim e só não a uso porque sou preguiçosa. Que sempre me admirou. Pediu-me para não a desiludir agora.
Desgraçada! E não é que ela tem razão? Fogo, é por estas coisas que eu a adoro!
Prometi-lhe que ia forte, que ia tentar tudo, que não me vou abaixo.
Nunca faltei com uma promessa à Teresa. Não vai ser agora.

Vocação


Descobri a minha verdadeira vocação. Se não entrar em Medicina, vou ser ilustradora científica!! Que coisa mais linda! São os conceptáculos masculinos e femininos no Fucus vesiculosus, aquela alga castanha que há nas praias que tem umas cenas nas pontas que são fixes de rebentar. (o desenho tá a lápis e a digitalização não ficou muito bem... Damn!)