Para quem não sabe, fui passar 10 dias aos Açores, mais propriamente a 7 das 9 ilhas (S. Miguel, Terceira, Flores, Corvo, Faial, Pico e S. Jorge - ficaram de fora Sta. Maria e a Graciosa) e voltei hoje por volta das 00h30, depois de CINCO horas em Lisboa à espera do voo para o Porto passadas no Parque das Nações e no Vasco da Gama.
Não dá para descrever tudo o que vi, porque há coisas que marcam mais que outras e mesmo aquelas que marcam não são facilmente descritas. Gostei bastante, são ilhas espectaculares!
Adorei as Flores, não só pela ilha em si, mas também por uma pessoa, o dono do hotel, chamado Sr. Toste. O homem é simplesmente espectacular! Um cozinheiro exímio e um grande comunicador! É dono do hotel, dos barcos, de um bar - dizem que metade da ilha é dele -, mas conserva uma humildade espantosa. Foi com ele que me meti numa ribanceira, agarrada a umas hortênsias e com os pés a escorregar só para tirar uma fotografia - foi fixe! E ele escondido atrás das flores, segundo ele, "para não estragar a fotografia". Foi num dos barcos dele, um semi-rígido, que atravessei as 15 milhas que separam as Flores do Corvo, sentada na borda do barco, na parte insuflável, a apanhar com o vento e os respingos do mar na cara.
Quanto a cidades, adorei a Horta, no Faial. Acho que tem um ambiente muito especial, devido à marina, aos veleiros que lá atracam e a um sítio mítico - o Peter Café Sport, que é mesmo um espectáculo, tem um ambiente excepcional!
E depois houve uma coisa, que acho que nunca mais vou fazer na vida: Whale Watching. Vi golfinhos, mas não estava à espera de ser mesmo WHALE watching, pensei que fosse mais do género Dolphin Watching. Mas tive uma sorte do caraças! Vi cachalotes! Cinco cachalotes! A mandarem aqueles repuxos de água pela cabeça (é diferente das baleias normais) e a nadarem à volta do semi-rígido. São tão grandes! Só dava para ver o dorso e a cabeça quando vinham respirar, mas foi tão lindo! Tenho pena que as fotografias tenham ficado um nojo...
Tenho sorte de fazer viagens desde os 15 anos. Ter começado com essa idade, permite-me fazer coisas que a maior parte das pessoas que viajam - reformadas - já não podem, porque não têm a minha junventude. Tenho a sorte de aos 18 anos conhecer países como Espanha, França, Bélgica, Holanda, Itália (se considerarem um país, o Vaticano, também), Mónaco, Alemanha, República Checa, Hungria, Eslováquia e Marrocos. Sinto-me agradecida por isso.