Há um senhor chamado Jim O'Rourke. Há uma música chamada "Women of the world". Tem 8 minutos e 45 segundos. E é fantástica!
Não costumo aconselhar músicas a ninguém, que os ouvidos são todos diferentes e ficam satisfeitos com sons diferentes. Mas esta música! Eh pá, é qualquer coisa de extraordinário! O Jim O'Rourke está quase 9 minutos a cantar isto:

"Women of the world, take over
'Cause if you don't,
The world will come to an end
And it won't take long"

É uma composição algo minimalista, bastante simples na sua essência, mas riquíssima para quem ouve. Há medida que a música vai chegando ao fim vão sendo acrescentados instrumentos, numa crescente harmonia.
É relaxante! E tem mais efeito que os meus Valdispert (ainda não contei a minha relação com os Valdispert, pois não? O próximo post vai ser sobre isso!).
Aconselho vivamente!

CAMPEÕES!!
Confesso que fiquei envergonhada com a invasão de campo e com o strip-tease forçado dos jogadores, mas vê-los a correr a 100 à hora para o balneário mal o árbitro apitou para o fim do jogo teve a sua piada!

Graças a Deus já recuperei do choque de ver o Adriano em cuecas...! E para o ano há mais!!! =)

Francisco Adam (deve ser dos únicos blogs que ainda não mencionou o sucedido)

Acho inadmissível a mediatização que a TVI está a fazer da morte do actor Francisco Adam. É claro que a minha opinião não interessa nem ao Menino Jesus, mas eu dou-a na mesma.

1.º: A exploração mediática da morte de uma pessoa (e não do Dino dos "Morangos com Açúcar") revela uma falta de sensibilidade enorme. Principalmente, para com os familiares/amigos/colegas. Há momentos em que se quer estar sozinho e não com uma câmara apontada à cara para mostrar a todo o país que se está a chorar. Mas a TVI já nos habituou a todo o melodramatismo que se segue a algum acontecimento lamentável.

2.º: Mais estúpido do que a transmissão em directo do funeral (que eu não vi, porque estava na escola), foi a romaria levada a cabo por várias pessoas ao local do acidente (hábito tão frequente do mórbido povo português, que gosta mais de desgraças do que de chocolate):
- Eh pá, 'tou no sítio onde morreu o Dino! Xiii!! Olha a árvore toda desfeita! Deve ter sido um choque do c******!!
- Olha lá para aquele lado! 'Tá ali a televisão!!
Entretanto, aproxima-se o repórter da TVI.
- O que é que sente por estar no local desta tragédia?
Soltam-se as primeiras lágrimas.
- Estou muito emocionada. Gostava muito dele. Era muito bom rapaz, muito divertido. Foi como se tivesse morrido alguém da minha família. Desculpe, não estou em condições de falar.
- E é este o ambiente que se vive por aqui. Podemos ver a consternação geral de todos os que têm passado pelo local onde Francisco Adam perdeu a vida, para prestar uma última homenagem ao jovem actor da série "Morangos com Açúcar". [convém nunca esquecer de mencionar esta última parte]

3.º: Durante a "Operação Páscoa" da GNR/BT morreram mais 9 pessoas. Não eram actores, nem famosos. Extinguiram-se mais 9 VIDAS. Já alguém ouviu falar delas? Morreram. Sem nome, sem rosto.


Chamem-me insensível. Não o sou. Simplesmente, não me deixo levar por ondas de exagerados sentimentalismos. Lamenta-se a morte de um jovem. Lamenta-se mais um trágico acidente de viação. Um entre tantos. Lamenta-se que as estradas portuguesas tenham voltado a matar. Um morto entre muitos outros. Lamenta-se.

Voltei

Já voltei de Marrocos! Foi uma grande experiência! Marrocos é um país completamente aparte. Não posso dizer que é lindo, porque a verdade é que não tem a imensa riqueza cultural de vários países europeus. Mas é um país fantástico, pelo povo que tem. Os marroquinos que andam nos restaurantes a vender flores e a vender tapetes na praia não são dignos representantes. Os marroquinos são o povo mais sui generis com que já contactei. São uma espécie de alentejanos de Marrocos: passam a vida sentados, ou mesmo deitados, nas ruas - a verdade é que é raro ver algum a trabalhar. Mas são extraordinariamente honestos (esqueci-me da minha máquina fotográfica na mesa de um hotel e, apesar de haver marroquinos ali à volta, ninguém lhe tocou e quando me lembrei, lá estava ela). E numa loja, um marroquino perguntou-me se eu era estudante e quando lhe disse que sim, foi a uma prateleira e ofereceu-me um geode pequenino.
Têm os maiores sorrisos do mundo! Passam a vida a sorrir para toda a gente e a dizer adeus a quem passa, principalmente os miúdos. Cumprimentei pessoas e andei de mão dada a alguns miúdos.
Em Marrocos, andei com répteis no ombro, andei descalça no Deserto do Sahara a rebolar-me pelas dunas abaixo, juntamente com um berbere, andei de camelo, passeei num oásis, andei no meio de uma tempestade de pó e areia, aprendi a enrolar o lenço como turbante berbere (é preciso uma técnica do caraças, que ainda tenho de aperfeiçoar), compreendi coisas sobre o Islamismo que antes não faziam sentido nenhum e agora têm toda a lógica (proibição de comer carne de porco, beber álcool, jogar, etc...). E afinal, a cultura islâmica, quando moderada, é extraordinária. Apesar de ser um país a roçar a fronteira do miserável, adorei! Voltava para lá hoje mesmo. Até aprendi algumas palavras em árabe e já sei escrever o meu nome em árabe, da direita para a esquerda).
Consegui definir várias ideias futuras e dissipar algumas dúvidas que me têm vindo a assolar. Um dia hei-de lá voltar.
Inshala! (Se Alá quiser=oxalá)

Eu, o meu irmao e o dr. Jaime, que e o melhor contador de anedotas do MUNDO! 

Tanger a noite 

Eu e o meu irmão com cobras ao pescoço na praça jmaal el-fna em marrakech

Farmacia de produtos naturais em marrakech 

E viva a higiene! eles penduram a carne na rua, a apanhar com as moscas todas 

Praça Jmaal El-Fna em Marrakech, é a maior confusão onde já estive, pena as fotografias não transmitirem sons

Amonite gigante! Nao sei se e verdadeira (eles garantem que sim), mas o certo e que Marrocos tem os maiores fosseis que eu ja vi 

Eu e o meu irmao na aldeia de Ait Ben-Haddou, patrimonio mundial - aquilo verde e mesmo um oasis! 

Andei com lagartos do deserto ao ombro - sao vegetarianos, senao nao os punha ao ombro de certeza (sei que parecem de plastico, mas garanto que sao verdadeiros, o cor de laranja ate esta a comer uma erva) 

 

O rapaz da foto chama-se Mustapha, vive perto de um oasis e ofereceu-me um camelo feito de folha de palmeira (eu tenho o camelo na mao, na foto) 

Eu e o meu irmao com um berbere habitante do deserto 

E andei de dromedario no deserto do Sahara, as 5 da manha 

Dei em Marroquina! 

Esta carrinha leva ovelhas na parte de cima e miúdos lá dentro, para além dos bidões cá fora e de panelas lá dentro, que não se vêem na fotografia.

Marrocos (Fes) 

PARABÉNS!! (o post até está a vermelho, por causa do teu Benfica, Tânia!)
Apesar de, depois da nossa visita, teres ficado mal vista em Sobrado inteiro, espero que tenhas gostado da surpresa! Não podíamos deixar passar os teus 18 anos sem te dar os parabéns pessoalmente! É para que saibas o amor que a gente te tem!! =)

(de notar, na foto, para além da minha cara de parva, o meu novo corte de cabelo!!)
Na foto, da esquerda para a direita: Tânia, Tita, eu.

Find out which of these are yours... and mine. (só vale para quem me conhece pessoalmente: dou um prémio a quem descobrir a quem pertence cada um dos pares de olhos da imagem).

Desaparecida

Para mais informações: http://www.fotolog.com/ritaslofmonteiro e www.ritamonteiro.paginas.sapo.pt

Divulguem o mais que puderem!

Invicta

Há que tempos que não ia à Ribeira. Hoje finalmente voltei lá. À Ribeira e ao Porto em geral, porque na verdade a minha vida nos últimos tempos tem-se resumido assustadoramente a Valongo, Baguim e Rio Tinto.
Na Avenida dos Aliados/Praça da Liberdade aquilo está uma vergonha! Tanta obra por causa do metro, que até mete nojo. Destruíram completamente o jardim... Nem um bocadinho de relva para amostra... Quando era pequena, o meu avô levava-me lá para dar de comer às pombas. Adorava aquilo! Bocadinhos de pão, milho, arroz, e a verdade é que se juntavam todas à minha volta, a arrulhar sem parar. Até os pardais e as gaivotas. Agora já não há jardim onde se lhes possa dar de comer...
Outra coisa... Os eléctricos. Na mesma altura em que dava de comer às pombas, também andava de eléctrico. Ia com a minha madrinha (irmã da minha mãe) todos os fins-de-semana para a Foz. Ela ficava na esplanada e eu ia para a areia, à procura de conchinhas que depois lhe oferecia (ou ficava eu mesma com elas). Lembro-me de várias vezes ter ido para a Foz de eléctrico. Era mesmo fixe! Ok, aquilo fazia um barulho do caraças, mas eu gostava mesmo daquilo! Estupidamente, na minha opinião, os eléctricos foram retirados. Se em países estrangeiros há eléctricos, porque é que não há no Porto? Devemos ter a mania que somos muito evoluídos... Há aquele, o 1, que passa em frente à Igreja de S. Francisco e, que eu saiba, mais nenhum...

Mas enfim... A Ribeira continua linda, como sempre! Já tinha saudades! Precisava de um banho de Invicta.
Já estou como o Tiago Monteiro, no anúncio... "Por mais voltas que dê, a melhor volta é sempre a que me traz de volta"... ao meu PORTO!