A pausa

Vou deixar de escrever neste blog. Vem aí uma pausa, se é definitiva ou não, logo se verá... Depende de muita coisa. Pode ser uma semana, um mês, para sempre.
Neste momento, já não há nada que me faça escrever aqui, aquilo que eu queria dele já não existe. Deixou de ser um espaço onde me expressar. Perdi essa capacidade...
Talvez volte qualquer dia, quando sentir que posso voltar a escrever tudo o que sinto. Para já, o que sinto é meu e o ecran deixou de ser o espelho daquilo que sou.

Quem foi o infeliz que se lembrou de dar o nome Grey's Anatomy a uma série de televisão? Foi alguém com um sentido de humor muito duvidoso...

Vazio de ti. Como é que se sente falta do que não se tem? Fiz esta pergunta milhares de vezes e continuo sem lhe conseguir responder. Vives em mim, naquilo que sinto e quero, e nem te conheço. Há algo mais ridículo do que isto? E mais ridículo ainda é querer vivê-lo.
Por mais que tente explicar, não consigo, mas ainda tento. Uma pessoa, um gesto, uma palavra, e nunca mais tentava. Vivia, simplesmente. Calava as palavras ocas e mostrava-o em cada atitude. Só a ti.

Latada, Juramento e Baptismo!

Domingo passado, 29, foi um dia memorável!
Começou no Sábado à tarde comigo a pôr o Nuno a recolher latas para mim, no ORT, e, à noite, o meu pai a furá-las e eu a amarrá-las no fio.

E no Domingo lá fui para o Porto, às 14h, para a minha primeira Latada (andava à espera disto desde que o Insigne Finalista Roberto, presidente da AE, nos disse que tão importante acontecimento se dava no último Domingo do Outubro).

Foi bonito! Aquele mar de AMARELO a descer os Clérigos, a subir os Aliados, as latas a chocalhar, os apitos a estourar os tímpanos vizinhos, as nossas lindas vozinhas de anjos a defender Medicina e a cantarem todas as músicas do nosso valioso reportório artístico...! Havia muita gente nas ruas para nos ver e foi um orgulho ir com Medicina a abrir a Latada!

Depois lá nos pusemos de quatro para o Juramento. A verdade é que jurei algumas coisas que nem sequer ouvi... Mas tenho a ligeira impressão de ter jurado que só ia faltar às aulas para ser praxada.

E no fim fomos para os Leões para sermos baptizados. Tão lindo! Começou logo bem, porque ao fim de quase três anos voltei a encontrar a minha Joana, logo ali ao lado, em Ciências!
Ainda me arrepio toda, só a pensar no gelo que estava aquela água de cada vez que o Penico a vertia pela minha cabeça abaixo. Mas não foi só de frio que me arrepiei, a verdade é que foi mesmo emocionante. Aliás, todos os minutos, horas, que antecederem e se seguiram a esse momento o foram. Foram momentos de felicidade extrema! Logo a seguir ao Baptismo, a Minha Madrinha secou-me o cabelo com a Capa e deu-me um beijinho na testa. Não sei dizer o que senti. Senti um friozinho na barriga, aquele típico de quando nos emocionamos. Senti-me feliz por ter sido ela a secar-me o cabelo (com todo o simbolismo que isso tem), por ter sido a pessoa que eu escolhi, por ter sido a pessoa que eu quero que esteja ao meu lado. Não um Doutor qualquer, mas a Minha Madrinha.

Não estou a exagerar nem um bocadinho se disser que foi dos dias mais felizes da minha vida! Meu Deus... Se a Latada foi tão fixe, pergunto-me como será o Cortejo...?
(é claro que era perfeitamente dispensável a cena daqueles dois freaks do ISEP a cantar a música das Cuecas Amarelas... mas pronto, é ISEP... =p)