Ontem à noite a lua estava vermelha. E Valongo continuava a arder.

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Oh pá, hoje estou revoltada!
Revoltada contra pessoas que só se lembram de mim quando lhes interessa. Contra outros que me invejam (e eu não sei porquê) e que transformam uma nota de final de período de uma disciplina numa luta de vida ou de morte. Outros, ainda, que se fazem de grandes amigos e na hora da verdade desaparecem todos. Contra os que pela frente sorriem e por trás dizem mal.

Para todas essas pessoas, eu só queria relembrar que a vida não são notas, não são testes nem TPC's, não são sorrisos hipócritas.
Um dia, quando eu for alguém, vou-me lembrar dos que me ajudaram a lá chegar. Os outros vão ser somente degraus que eu vou pisar para chegar mais alto. E que não vão passar disso mesmo, montes de lixo rasteiros, que me tentaram deter, mas que foram espezinhados e ignorados, apesar de um pouco incomodativos.

Gananciosa? Nem por isso. Não quero ter aquilo que é dos outros. Não quero obter nada à custa de meios poucos aprováveis.
Ambiciosa? Bastante. É a ambição que nos faz melhores. É a ambição que nos leva onde sonhamos.

Obrigada por me terem feito ver que a vida é uma luta animalesca de sobrevivência, em que só se safam os mais fortes. Não há diferença entre nós e os animais. Somos exactamente a mesma coisa, só temos fins diferentes, porque os meios são os mesmos.
Não vou usar meios que reprovo, vou usar apenas o que está dentro da minha caixa craniana. Andei a preguiçar o meu cérebro durante 11, 11 anos de escolaridade. Essa merda acabou. Querem luta? Vão tê-la.
O próximo ano vai falar por si.