Friday, June 24, 2005
S. João
Ontem à noite, tal como toda a gente, aí fui eu de romaria para o Porto, para a grande noite S. João.
Como já era tarde, eu e o rest da minha família fomos logos directos para ver o fogo. Em vez de irmos para a Ribeira, subimos até à Sé. Mas como a minha altura não me permitia ver 1cm à frente dos olhos, descemos por umas escadinhas completamente apinhadas de gente.
Vi o fogo de umas escadas (Escadas do Caraçal, ou Couraçal, qualquer coisa assim), embutidas no meio daqueles penedos de granito, com o rio debaixo de mim e o fogo por cima.
Diga-se de passagem que o fogo foi espectacular! Desta vez, o ouro não estava no rio, estava sobre ele.
Para mim, o fogo continua a ser mágico. Não quero pensar que ele surge devido a comprimentos de onda característicos de cada elemento químico nas ondas electromagnéticas que cada um deles emite quando ensaiado à chama (branco - ião magnésio, vermelho - ião estrôncio e ião lítio, amarelo - ião sódio, verde/azul - ião cobre, etc.) Perde magia... A ciência, ao explicar os fenómenos, retira magia a fenómenos como o fogo-de-artifício.
Mas adiante, porra, é nestes dias que me surge uma coisa enorme aqui dentro do peito e que eu digo "Amo a minha Cidade!".
Andavam lá uns suecos a agitar umas bandeirinhas (da Suécia) e com martelos de S. João, a martelar quem passava. E, apesar de ninguém se conhecer, nestas noites é como se crescesse uma intimidade entre todos os tripeiros e é com toda a naturalidade que se martelam os neurónios de toda a gente.
É bonito!
Quantas mais cidades conheço por toda a Europa, mais certezas tenho que o Porto é uma cidade única. Pode ser imunda, com prédios altos e estreitos a cair aos bocados, toda cinzenta, com pessoas a gritar palavrões no meio da rua, mas é a minha cidade. É a Invicta! E a melhor freguesia é MIRAGAIA!! =)
Como já era tarde, eu e o rest da minha família fomos logos directos para ver o fogo. Em vez de irmos para a Ribeira, subimos até à Sé. Mas como a minha altura não me permitia ver 1cm à frente dos olhos, descemos por umas escadinhas completamente apinhadas de gente.
Vi o fogo de umas escadas (Escadas do Caraçal, ou Couraçal, qualquer coisa assim), embutidas no meio daqueles penedos de granito, com o rio debaixo de mim e o fogo por cima.
Diga-se de passagem que o fogo foi espectacular! Desta vez, o ouro não estava no rio, estava sobre ele.
Para mim, o fogo continua a ser mágico. Não quero pensar que ele surge devido a comprimentos de onda característicos de cada elemento químico nas ondas electromagnéticas que cada um deles emite quando ensaiado à chama (branco - ião magnésio, vermelho - ião estrôncio e ião lítio, amarelo - ião sódio, verde/azul - ião cobre, etc.) Perde magia... A ciência, ao explicar os fenómenos, retira magia a fenómenos como o fogo-de-artifício.
Mas adiante, porra, é nestes dias que me surge uma coisa enorme aqui dentro do peito e que eu digo "Amo a minha Cidade!".
Andavam lá uns suecos a agitar umas bandeirinhas (da Suécia) e com martelos de S. João, a martelar quem passava. E, apesar de ninguém se conhecer, nestas noites é como se crescesse uma intimidade entre todos os tripeiros e é com toda a naturalidade que se martelam os neurónios de toda a gente.
É bonito!
Quantas mais cidades conheço por toda a Europa, mais certezas tenho que o Porto é uma cidade única. Pode ser imunda, com prédios altos e estreitos a cair aos bocados, toda cinzenta, com pessoas a gritar palavrões no meio da rua, mas é a minha cidade. É a Invicta! E a melhor freguesia é MIRAGAIA!! =)
Monday, June 20, 2005
Friday, June 17, 2005
Balanço
Acabou o ano.
Foi um ano complicado.
Matéria difícil e professores mais exigentes. Mas isso é o menos...
Reencontrei-me com toda a gente que tinha deixado na preparatória.
O primeiro problema surgiu ao reencontrar-me com a minha mana - Teresa. Estava à espera da mesma pessoa, mas quem surgiu foi uma pessoa diferente. Demoramos dois períodos inteirinhos a conhecermo-nos outra vez. Agora está tudo bem, outra vez, como estava há dois anos. Mas, no entretanto, discutimos muito, chateámo-nos muito, perdemos muito tempo.
Por outro lado, cimentei amizades, descobri novos amigos, apaixonei-me.
Encontrei grandes amigos, que ainda não tinha descoberto, como o Tusco e a Cláudia. Pessoas espectaculares como a Ana Alexandra.
O meu grupo de todos os dias uniu-se ainda mais e adoptou um novo elemento - eu, Tânia, Tita, Natália e Cláudia.
A minha professora de CTV e TLB - professora Celestina - mostrou-se uma amiga ainda maior do que o que tinha sido no ano passado. E juntou-se à professora Cristina, de português, numa dupla perfeita!
(Re)descobri o rapaz perfeito (já o conheço há 3 anos) - o André. Apaixonei-me. Não fui correspondida. Mas a amizade é enorme.
E ainda redescobri outra amiga: a Inês Salomé. Uma pessoa única que está sempre lá.
Só agora no fim do ano comeceia falar mais com outra pessoa - o Dinis - e descobri que ele é uma pessoa única. Vai mudar de escola. É um estúpido. Vai-me fazer ter saudades...
Fora da escola, mais amizades cresceram: Ana Luís e Inês. Estiveram sempre ao meu lado, sempre.
Acabou. Vou ter saudades. Que a escola não é onde enchemos a cabeça, é onde enchemos o coração.
Obrigada por tudo! São vocês que me constroiem a cada dia que passa.
Foi um ano complicado.
Matéria difícil e professores mais exigentes. Mas isso é o menos...
Reencontrei-me com toda a gente que tinha deixado na preparatória.
O primeiro problema surgiu ao reencontrar-me com a minha mana - Teresa. Estava à espera da mesma pessoa, mas quem surgiu foi uma pessoa diferente. Demoramos dois períodos inteirinhos a conhecermo-nos outra vez. Agora está tudo bem, outra vez, como estava há dois anos. Mas, no entretanto, discutimos muito, chateámo-nos muito, perdemos muito tempo.
Por outro lado, cimentei amizades, descobri novos amigos, apaixonei-me.
Encontrei grandes amigos, que ainda não tinha descoberto, como o Tusco e a Cláudia. Pessoas espectaculares como a Ana Alexandra.
O meu grupo de todos os dias uniu-se ainda mais e adoptou um novo elemento - eu, Tânia, Tita, Natália e Cláudia.
A minha professora de CTV e TLB - professora Celestina - mostrou-se uma amiga ainda maior do que o que tinha sido no ano passado. E juntou-se à professora Cristina, de português, numa dupla perfeita!
(Re)descobri o rapaz perfeito (já o conheço há 3 anos) - o André. Apaixonei-me. Não fui correspondida. Mas a amizade é enorme.
E ainda redescobri outra amiga: a Inês Salomé. Uma pessoa única que está sempre lá.
Só agora no fim do ano comeceia falar mais com outra pessoa - o Dinis - e descobri que ele é uma pessoa única. Vai mudar de escola. É um estúpido. Vai-me fazer ter saudades...
Fora da escola, mais amizades cresceram: Ana Luís e Inês. Estiveram sempre ao meu lado, sempre.
Acabou. Vou ter saudades. Que a escola não é onde enchemos a cabeça, é onde enchemos o coração.
Obrigada por tudo! São vocês que me constroiem a cada dia que passa.
Monday, June 13, 2005
Sonhos
Outro dia tive um sonho. Mas um sonho muito estranho.
Sonhei com a minha melhor amiga. Estava ela e, à volta, eu. Mas não era só eu... Era muita gente. Pessoas que eu conheço, outras que não, mas que penso (e tenho quase a certeza) serem os melhores amigos dessa minha amiga. E começaram a crescer à minha volta e eu a ficar cada vez mais pequenina, quase a ser esmagada por elas. Senti-me minúscula e impotente.
Acordei sobressaltada.
Há um verbo em inglês - to fade - que tem, como um dos significados, apagar lentamente. Acho que é isso que temo acima de tudo. Tenho medo de ser "apagada", medo que os outros tomem o meu lugar. Medo que a amizade dos outros abafe a minha.
Os sonhos são os medos/desejos do subconsciente.
Não sei se é legítimo ter estes sonhos.
Apesar de tudo, quero acreditar que a amizade é para sempre.
Sonhei com a minha melhor amiga. Estava ela e, à volta, eu. Mas não era só eu... Era muita gente. Pessoas que eu conheço, outras que não, mas que penso (e tenho quase a certeza) serem os melhores amigos dessa minha amiga. E começaram a crescer à minha volta e eu a ficar cada vez mais pequenina, quase a ser esmagada por elas. Senti-me minúscula e impotente.
Acordei sobressaltada.
Há um verbo em inglês - to fade - que tem, como um dos significados, apagar lentamente. Acho que é isso que temo acima de tudo. Tenho medo de ser "apagada", medo que os outros tomem o meu lugar. Medo que a amizade dos outros abafe a minha.
Os sonhos são os medos/desejos do subconsciente.
Não sei se é legítimo ter estes sonhos.
Apesar de tudo, quero acreditar que a amizade é para sempre.
Saturday, June 04, 2005
A minha vida está-se a tornar um bicho de sete cabeças.
Algo que não consigo controlar.
E está a começar a assustar-me.
Nome comum: Bicho de sete cabeças
Nome científico: Heptacephallus vulgaris
Algo que não consigo controlar.
E está a começar a assustar-me.
Nome comum: Bicho de sete cabeças
Nome científico: Heptacephallus vulgaris
Friday, June 03, 2005
Ouvi dizer...
"Ouvi dizer que o nosso amor acabou.
Pois eu não tive a noção do seu fim!
Pelo que eu já tentei,
Eu não vou vê-lo em mim:
Se eu não tive a noção de ver nascer um homem.
E ao que eu vejo,
Tudo foi para ti
Uma estúpida canção que só eu ouvi!
E eu fiquei com tanto para dar!
E agora
Não vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva!
E pudesse eu pagar de outra forma!
Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã,
E eu tinha tantos planos pra depois!
Fui eu quem virou as páginas
Na pressa de chegar até nós;
Sem tirar das palavras seu cruel sentido!
Sobre a razão estar cega:
Resta-me apenas uma razão,
Um dia vais ser tu
E um homem como tu;
Como eu não fui;
Um dia vou-te ouvir dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!
Sei que um dia vais dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!
A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!"
"Ouvi dizer", Ornatos Violeta in O Monstro Precisa de Amigos
Pois eu não tive a noção do seu fim!
Pelo que eu já tentei,
Eu não vou vê-lo em mim:
Se eu não tive a noção de ver nascer um homem.
E ao que eu vejo,
Tudo foi para ti
Uma estúpida canção que só eu ouvi!
E eu fiquei com tanto para dar!
E agora
Não vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva!
E pudesse eu pagar de outra forma!
Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã,
E eu tinha tantos planos pra depois!
Fui eu quem virou as páginas
Na pressa de chegar até nós;
Sem tirar das palavras seu cruel sentido!
Sobre a razão estar cega:
Resta-me apenas uma razão,
Um dia vais ser tu
E um homem como tu;
Como eu não fui;
Um dia vou-te ouvir dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!
Sei que um dia vais dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!
A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!"
"Ouvi dizer", Ornatos Violeta in O Monstro Precisa de Amigos
Thursday, June 02, 2005
Inversão de sentido
Esqueçam tudo o que disse ontem à noite... Esqueçam tudo o que leram.
Eu vou tentar esquecer, também... Que as lágrimas quase me sufocam.
Eu vou tentar esquecer, também... Que as lágrimas quase me sufocam.
ÉRDNA
É de noite. E a escuridão da noite não condiz com a leveza da minha alma.
Para que é que procurei tanta coragem?
Porque é que ensaiei tantos discursos?
Porque é que demorei tanto tempo a ir falar contigo?
E quando, finalmente, tive coragem foi tudo tão fácil... As palavras fluíram, vindas do coração, um sítio que não pensa nas consequências e que simplesmente diz o que vai lá dentro. Nunca pensei que fosse tão fácil falar disto contigo.
És o meu melhor amigo! Disseste-me simplesmente o que sentias, não me magoaste, deixaste-me feliz!
E a nossa relação vai mudar. Porque, estando tudo definido entre nós, a nossa amizade vai deixar de ser feita de receios...
Gosto mesmo muito de ti! Acredita...
Para que é que procurei tanta coragem?
Porque é que ensaiei tantos discursos?
Porque é que demorei tanto tempo a ir falar contigo?
E quando, finalmente, tive coragem foi tudo tão fácil... As palavras fluíram, vindas do coração, um sítio que não pensa nas consequências e que simplesmente diz o que vai lá dentro. Nunca pensei que fosse tão fácil falar disto contigo.
És o meu melhor amigo! Disseste-me simplesmente o que sentias, não me magoaste, deixaste-me feliz!
E a nossa relação vai mudar. Porque, estando tudo definido entre nós, a nossa amizade vai deixar de ser feita de receios...
Gosto mesmo muito de ti! Acredita...