The way
Apesar de hoje ter a certeza absoluta que quero ser médica, só no fim do nono ano o decidi definitivamente. E até chegar a essa conclusão, quis ser muita coisa. Hoje apetece-me contá-lo.
A primeira coisa que me lembro de querer ser foi astronauta (riam...). À noite ia para o quintal ver as estrelas e a Lua e sonhar com o dia em que chegaria mais perto delas. Lembro-me de uma vez ter dito ao meu pai que conseguia, e passo a citar, "ver os países da Lua". Na minha infantil inocência, acreditava que os mares eram países, com pessoas, tal como a Terra. É claro que naquele tempo ainda não sabia que tinha pavor a aviões...
Depois lembro-me de o meu dia preferido do ano ser o dia da consulta de rotina no pediatra. O meu primeiro pediatra era um espectáculo e eu gostava muito dele, era o Dr. António Bianchi de Aguiar. A pior coisa que ele me podia fazer era mandar-me embora sem me dar nenhum xarope (eu sei que tinha umas pancas...). Mas eu gostava mesmo daquilo! Adorava os instrumentos que ele usava... E quis ser médica. Continuei a ir ao consultório dele até aos 16 anos, mas aí já era atendida por outra médica, a Dra. Alexandra Almeida, que também era cinco entrelas e até me deixou ver o tímpano do meu irmão com aquela geringonça de espreitar para os ouvidos, da qual desconheço completamente o nome.
Depois houve uma pausa em que acho que não quis ser nada. E voltei ao ataque no 7º ano... Meti na cabeça que queria ser professora de História (influência indirecta da minha professora ou influência genética da minha mãe - é professora do 1º ciclo, mas licenciada em História). E sei que houve um momento em que também quis ser arqueóloga.
Por volta do oitavo ano, quis ser flautista e tocar numa orquestra. Sei que, também no 8º, comecei a ter Físico-Química pela primeira vez, e adorei, logo, deu-me logo uma panca que queria ser cientista.
E finalmente cheguei ao nono. O antigo sonho de ser médica voltou a aparecer. Mas eu não me sentia muito confiante em escolher Científico-Natural, porque tinha medo da Matemática. Fui a uma Psicóloga fazer testes psicotécnicos. Os resultados foram estúpidos: raciocínio verbal acima da média, raciocínio lógico-matemático muito acima da média. Não sei como é que tive aquele resultado... E isso não me deu grande ajuda. Se os testes tivessem dado um resultado médio ou baixo no raciocínio lógico-matemático, eu nem hesitava: escolhia imediatamente Humanidades. E a psicóloga, cheia de sapiência, disse-me que tanto podia ir para Humanidades como Científico-Natural. Acabei por arriscar.
Hoje, tenho a certeza que escolhi muito bem. Gosto muito de Ciência e tenho a certeza que dava em doida se tivesse que ter estudado História, Geografia (odeio Geografia!), Introdução ao Direito, Sociologia e afins. Que pesadelo!
Quero ser médica e é definitivo. Não vou mudar de ideias, porque depois de tudo, (re)descubri no meu íntimo aquilo que quero realmente fazer.
A primeira coisa que me lembro de querer ser foi astronauta (riam...). À noite ia para o quintal ver as estrelas e a Lua e sonhar com o dia em que chegaria mais perto delas. Lembro-me de uma vez ter dito ao meu pai que conseguia, e passo a citar, "ver os países da Lua". Na minha infantil inocência, acreditava que os mares eram países, com pessoas, tal como a Terra. É claro que naquele tempo ainda não sabia que tinha pavor a aviões...
Depois lembro-me de o meu dia preferido do ano ser o dia da consulta de rotina no pediatra. O meu primeiro pediatra era um espectáculo e eu gostava muito dele, era o Dr. António Bianchi de Aguiar. A pior coisa que ele me podia fazer era mandar-me embora sem me dar nenhum xarope (eu sei que tinha umas pancas...). Mas eu gostava mesmo daquilo! Adorava os instrumentos que ele usava... E quis ser médica. Continuei a ir ao consultório dele até aos 16 anos, mas aí já era atendida por outra médica, a Dra. Alexandra Almeida, que também era cinco entrelas e até me deixou ver o tímpano do meu irmão com aquela geringonça de espreitar para os ouvidos, da qual desconheço completamente o nome.
Depois houve uma pausa em que acho que não quis ser nada. E voltei ao ataque no 7º ano... Meti na cabeça que queria ser professora de História (influência indirecta da minha professora ou influência genética da minha mãe - é professora do 1º ciclo, mas licenciada em História). E sei que houve um momento em que também quis ser arqueóloga.
Por volta do oitavo ano, quis ser flautista e tocar numa orquestra. Sei que, também no 8º, comecei a ter Físico-Química pela primeira vez, e adorei, logo, deu-me logo uma panca que queria ser cientista.
E finalmente cheguei ao nono. O antigo sonho de ser médica voltou a aparecer. Mas eu não me sentia muito confiante em escolher Científico-Natural, porque tinha medo da Matemática. Fui a uma Psicóloga fazer testes psicotécnicos. Os resultados foram estúpidos: raciocínio verbal acima da média, raciocínio lógico-matemático muito acima da média. Não sei como é que tive aquele resultado... E isso não me deu grande ajuda. Se os testes tivessem dado um resultado médio ou baixo no raciocínio lógico-matemático, eu nem hesitava: escolhia imediatamente Humanidades. E a psicóloga, cheia de sapiência, disse-me que tanto podia ir para Humanidades como Científico-Natural. Acabei por arriscar.
Hoje, tenho a certeza que escolhi muito bem. Gosto muito de Ciência e tenho a certeza que dava em doida se tivesse que ter estudado História, Geografia (odeio Geografia!), Introdução ao Direito, Sociologia e afins. Que pesadelo!
Quero ser médica e é definitivo. Não vou mudar de ideias, porque depois de tudo, (re)descubri no meu íntimo aquilo que quero realmente fazer.
5 Comments:
QI 180? ... que sorte... que aconteceu no exame de matemática?
Eu não disse que tinha um QI de 180... Nunca disse... E uma coisa é terem-se potencialidades, outra é conseguir desenvolvê-las em pleno...
Se estás tão interessado/a, tirei 14.1 no exame de matemática...
eu sei... li o teu blog com muita atenção... sou um(a) fã assíduo(a). de qualquer forma, os meus parabéns!!
Já agora, podias dizer o teu nome...
sou um bocado tímida(o)...
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